"E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança
envolta em faixas e deitada em manjedoura." (Lucas 2.12)
Não nos iludamos: nada tínhamos de bom que pudesse ser apresentado ao Salvador ainda menino recém-nascido, nem presentes, nem cartões, nem sorrisos, nem hospedagem. Faixas e manjedoura são dois detalhes muito eloqüentes de nossa miséria, pois eles se tornaram símbolos do que melhor tínhamos a oferecer (Leia Isaías 64.6). Fato inegável é que o berço onde repousava o Cristo tinha odor de cocho para o gado, e contava como primeiros assistentes de sua natividade a classe profissional de menor prestígio à época, os pastores campineiros.
Em toda sua vida entre nós, da manjedoura até ao calvário, não melhoramos a oferta. No museu do Brooklin, NY, EUA, a bela pintura de James Tissot, "O que Nosso Senhor viu da cruz", destacando rostos intranquilos, sentimentos mesquinhos, expectadores indiferentes e a tumba vazia aguardando Aquele que nasceu para sacrificar-se por nós, ainda grita aos olhos e corações em cores e imagens fortes dizendo a todos que, certamente, o que de melhor tínhamos a oferecer, do nascimento à crucificação, não era digno de Sua Realeza.
Felizmente para nós, a dignidade do lugar real está condicionada à presença do Rei. Onde ELE estiver, lá se faz seu Reino. E em lembrança disto, "a tropa do exército celestial surge das profundezas do mundo invisível para cercar-nos por todos os lados", ponderou o estudioso Godet. No tempo próprio, o que fora envolto em panos fraldais, cercar-se-ia de pecadores e publicanos, conferindo-lhes parte de sua majestade (Efésios 2.11-22). Não se iluda: sua vida só tem dignidade se você rende-se ao Rei Jesus!
Toda glória a Jesus Cristo, EMANUEL, Rei e Senhor, que nos trouxe dignidade ao fazer-se homem e habitando entre nós!
Rev. Gilmar Araújo Gomes
conservo do REI
PS.: Impressionante o número de bobos que se habituaram a encher os pulmões nas igrejas cristãs para desfazerem do natal, contraditando a data, os costumes e tentando desconstruir a historicidade deste importante momento para a cristandade. Inculcando-se por sábios, os tais têm se tornado loucos, abrindo portas às insinuações de Satanás. Sobre isto escreverei posteriormente. As linhas acima sugiram, também, em resposta a esta idiossincrasia idiótica de tais pregadores do engano, que o pregam a despeito de sua própria ignorância do assunto. Não nos iludamos...