Completam-se 70 anos da obra A
REVOLUÇÃO DOS BICHOS (Animal Farm: a fairy story), de George Orwell, mesmo autor da distopia 1984, de onde se imortalizou a figura totalitária do BIG BROTHER. Pela importância, A REVOLUÇÃO DOS BICHOS e seu autor merecem mais que estas breves linhas, mas agora registro este
lembrete para não ficar sem festejar o texto em tempo.
Passadas as recentes e gigantescas manifestações
populares Brasil afora no pleno exercício democrático, e contrapondo-as com a absurda
indiferença e desdém com os quais o governo federal as avaliou, não resta dúvida
de que Napoleão em versão bolivariana ocupa o Alvorada. E se pudéssemos subir a rampa e chegar
junto às suas límpidas janelas palacianas de vidro, veríamos negociações inomináveis, que
afrontam a estrutura cognitiva de qualquer ser que se entenda moral. Qual a justificativa?
Bem, somos todos iguais, mas uns, mais iguais que os outros! Sem dúvida, Napoleão
ainda vive.
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NINGUÉM=NINGUÉM
Humberto Gessinger
há tantos quadros na parede
há tantas formas de se ver o mesmo quadro
há tanta gente pelas ruas
há tantas ruas e nenhuma é igual a outra
(ninguém = ninguém)
me espanta que tanta gente sinta
(se é que sente) a mesma indiferença
há tantos quadros na parede
há tantas formas de se ver o mesmo quadro
há palavras que nunca são ditas
há muitas vozes repetindo a mesma frase:
(ninguém = ninguém)
me espanta que tanta gente minta
(descaradamente) a mesma mentira
todos iguais
todos iguais
mas uns mais iguais que os outros
há pouca água e muita sede
uma represa, um apartheid
(a vida seca, os olhos úmidos)
entre duas pessoas
entre quatro paredes
tudo fica claro
ninguém fica indiferente
(ninguém = ninguém)
me assusta que justamente agora
todo mundo (tanta gente) tenha ido embora
todos iguais
todos iguais
mas uns mais iguais que os outros
o que me encanta é que tanta gente
sinta (se é que sente)
ou
minta (desesperadamente)
da mesma forma
todos iguais
todos iguais
mas uns mais iguais que os outros
todos iguais
todos iguais
tão desiguais...
tão desiguais...
há tantas formas de se ver o mesmo quadro
há tanta gente pelas ruas
há tantas ruas e nenhuma é igual a outra
(ninguém = ninguém)
me espanta que tanta gente sinta
(se é que sente) a mesma indiferença
há tantos quadros na parede
há tantas formas de se ver o mesmo quadro
há palavras que nunca são ditas
há muitas vozes repetindo a mesma frase:
(ninguém = ninguém)
me espanta que tanta gente minta
(descaradamente) a mesma mentira
todos iguais
todos iguais
mas uns mais iguais que os outros
há pouca água e muita sede
uma represa, um apartheid
(a vida seca, os olhos úmidos)
entre duas pessoas
entre quatro paredes
tudo fica claro
ninguém fica indiferente
(ninguém = ninguém)
me assusta que justamente agora
todo mundo (tanta gente) tenha ido embora
todos iguais
todos iguais
mas uns mais iguais que os outros
o que me encanta é que tanta gente
sinta (se é que sente)
ou
minta (desesperadamente)
da mesma forma
todos iguais
todos iguais
mas uns mais iguais que os outros
todos iguais
todos iguais
tão desiguais...
tão desiguais...
Sugestão de pesquisa (um pequeno trabalho
escolar que encontrei na web). Uma homenagem ao bravo professor que incentivou
esses alunos:
P.S: Enquanto termino de escrever
estas linhas o New York Times envia um press
release anunciando que a FDA (agência governamental dos EUA para remédios e
alimentos) acaba de autorizar a Addyi, uma Pílula de Libido para Mulheres
(sic!!). Sem dúvida, vivemos numa grande fazenda.
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