Embora não seja o 'santo', esse que lhe falta é de Assis; e se [o inquiridor] o buscasse conhecer na igualdade da superstição religiosa, bem operaria milagres no colóquio 'bambam' da atualidade!
'Tipo assim', 'mano', 'mina', 'tá ligado' e 'nóis na fita' seriam o grande alvo desse milagreiro, que tem operado tantas graças nos que o buscam, o qual, se fosse devidamente agradecido, deixaria Expedito – colega de ofício – encabulado por ver-se injustamente mencionado em lugar do Machado.
Aliás, depois de percebida a injustiça, as faixas não deveriam ser guardadas, só corrigidas: "Obrigado, Santo Machado, pela graça do CASMURRO, do ALIENISTA, dos Contos, enfim. E obrigado por despertar-me à apreciação da graça comum, a lembrar-me de que não sou animal racional pronto a devorar irracionalmente a ração diária da mídia; sou ser humano, criado à imagem e semelhança do único Deus, que produziu Machado tão afiado, ajudando-me a reconhecer que o machado jaz à raiz, motivação tamanha para prestar conta do que ocupa minha mente."
Se essas linhas fizeram efeito, corro risco de não mais ser lido, pois talvez você tenha cobrado ânimo dentro em si e tenha corrido à livraria mais próxima, por perceber que você precisa do Machado...
Gilmar.
São Paulo, 04/abril/2002.
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